23 setembro, 2010
Fazendo trabalho de auto-promoção
Vou partir em breve. Como tal, decidi criar um novo blogue, para expor todas as aventuras. Para quem quiser espreitar, aqui fica o link.
22 setembro, 2010
E se... o mundo fosse governado por hippies?
A moda seria abolida. Veríamos médicas de vestidos de alças e sandálias, banqueiros de peito à mostra e colares africanos ao pescoço, fato-de-treino, pijama, ou o que quer que lhes aprouvesse usar, ou não usar, pois andar nú seria permitido. Mais, não haveria um padrão de beleza - esta seria avaliada pelas acções de cada um, pela sua maneira de estar perante a vida.

Não haveria constrangimento ou vergonha. Sentados no metro, falaríamos com a pessoa sentada ao nosso lado como se a conhecêssemos. Assim, as pessoas seriam muito mais instruídas e abertas, aprenderiam a respeitar qualquer pessoa, e qualquer opinião. Extrairiam coisas novas das experiências de vida e dos conhecimentos dos outros, e saberiam argumentar e defender os seus pontos de vista de forma muito mais eficaz.
Teríamos paz perpétua. Os exércitos seriam abolidos, e as desavenças políticas resolver-se-iam com o cachimbo da paz, não só permitido como vivamente aconselhado a todos os cidadãos. Como consequência, existia menos problemas de stress, e desapareceriam muitas doenças como depressões e esgotamentos.
Os crimes também desapareceriam, visto que viveríamos num ambiente de compreensão e respeito ao próximo. Não conseguiríamos fazer mal ao próximo, assim como não teríamos motivos para roubar, já que tudo seria partilhado por todos. Assim sendo, e visto que haveria à vontade com qualquer pessoa, poderíamos viajar à vontade para outras cidades nesse mundo fora, e bastava bater à porta de alguém para pedir abrigo, que este nos seria concedido. Se bem que, na realidade, a maioria das casas-edifício seria substituída por casas-caracol, sem morada fixa, que é como quem diz carrinhas pão-de-forma (movidas a energia solar, está claro!)
O meio ambiente ganharia muito mais importância - deixaria de haver lixo nas ruas, a reutilização de recursos seria algo natural, assim como a reciclagem, e a poupança. Usar-se-iam apenas energias renováveis, e acabar-se-ia com a poluição.
Se o mundo fosse governado por hippies? A política seria algo intrínseco em cada um de nós. Não haveria leis, não seria preciso.
20 setembro, 2010
um bando de hippies e uma carrinha solar
Um bando de hippies e uma carrinha que funciona a energia solar. É isto que (contaram-me) se pode encontrar no Boom Festival, aquele que é, provavelmente o mais bonito festival a acontecer em Portugal. A carrinha, faz viagens desde a Bélgica (ou seria outro país ali perto, não me lembro com exactidão) até ao interior do nosso país, e faz a viagem de volta no fim do festival. Há dez anos que é assim.
Perante isto, não percebo porque é que continua a haver este tipo de notícias, sobre catástrofes petrolíferas que destroem lentamente a nossa Casa . Se uma carrinha com um sistema solar construído por hippies funciona desde 2000, e para viagens tão longas como Bélgica (ou o outro país que não me lembro) - Portugal , porque raio ainda não temos carros a energia solar em pleno funcionamento?
A pergunta é retórica, que a resposta sei-a bem. Não se paga taxas para usufruir do sol.
09 setembro, 2010
22 agosto, 2010
Ela
Queriam os ventos tocar.lhe os cabelos, queria o mar beijar os seus pés. Queriam os trovões conseguir o efeito do seu olhar zangado, queria o sol igualar o brilho do seu sorriso. Queriam os dias correr mais devagar, para não a ver desaparecer na noite, e queria a noite que fosse sempre lua cheia para banhá-la numa luz prateada.
Delicada de sentimentos, mas forte de vontade, deixa marcas profundas por onde passa, naqueles que beija e que adora, naqueles por quem luta e por quem chora. É nela que se escondem as nuvens negras do inverno, que solta quando a ferem. É nela que se deita o doce perfume da primavera, que vai espalhando com a alegria de uma fada.
É ela. Princesa encantada num tempo de bandidos e traficantes de droga. É ela.
Delicada de sentimentos, mas forte de vontade, deixa marcas profundas por onde passa, naqueles que beija e que adora, naqueles por quem luta e por quem chora. É nela que se escondem as nuvens negras do inverno, que solta quando a ferem. É nela que se deita o doce perfume da primavera, que vai espalhando com a alegria de uma fada.
É ela. Princesa encantada num tempo de bandidos e traficantes de droga. É ela.
Para a Nalu
16 agosto, 2010
Crimes
Que tipo de crime cometeu esse ser alucinado, ao deixar escorrer pela garganta o líquido da felicidade instantânea, ao deixar os lábios sugar o nevoeiro causado pela mãe natureza, erva do diabo queimada. Que tipo de crime cometeu, ao deixar que a voz lhe falte e as mãos lhe tremam, consequência da sua facção incompleta, da sua necessidade de se sentir maior, mais veloz que qualquer outro?
E que tipo de homem é este, que condena outro por ser feliz? Por viver não entre quatro paredes, mas entre os quatro cantos da terra, sujeito a uma outra lei, a lei da vida. Que sonho destrói outro sonho e com que vontade se rouba vontade?
Inventou o Homem a moral, o direito, e a ética, para depois os usar como pretexto para negar liberdade e destruir sorrisos.
E que tipo de homem é este, que condena outro por ser feliz? Por viver não entre quatro paredes, mas entre os quatro cantos da terra, sujeito a uma outra lei, a lei da vida. Que sonho destrói outro sonho e com que vontade se rouba vontade?
Inventou o Homem a moral, o direito, e a ética, para depois os usar como pretexto para negar liberdade e destruir sorrisos.
03 agosto, 2010
1984, George Orwell
"- Quantos dedos vês aqui Winston?
- Quatro.
- E se o Partido disser que não são quatro, mas cinco... quantos são?
- Quatro.
A palavra acabou numa exclamação de dor. (...) O suor brotara de todo o corpo de Winston. O ar rasgava-lhe os pulmões e saía de novo em profundos gemidos que nem mesmo rilhando os dentes ele conseguia calar.
(...)
- Estás aqui porque fracassaste em humildade, em autodisciplina. Não queres fazer o acto de submissão que é o preço da saúde mental. Preferiste ser louco, minoria de um. "
1984. Estou a tentar escrever sobre este livro, e parece que me faltam as palavras. Como se essa data encerrasse tudo em si mesma, e a simples junção desses quatro algarismos trouxesse a compreensão.
Este livro foi publicado por volta dos anos 50, numa espécie de previsão do que seria a sociedade do futuro, numa notável crítica ao caminho que a sociedade da época estava a tomar.
Dito assim, parece um daqueles livros chatos, muito rebuscados e difíceis de ler. Não é. Pelo contrário, apresenta-nos uma história engraçada, de um homem que começa a sentir-se revoltado com o mundo em que vive. Um mundo em que o Big Brother, ser omnisciente e omnipresente, "zela" pela população. E com isto quer-se dizer que ele está atento a cada movimento de cada pessoa, 24 horas por dia, não deixando que saiam da normalidade, ou, por outras palavras, que pensem por si próprias. É o pior tipo de sociedade possivel: não há leis concretas que digam o que se deve ou não fazer. Cada um deve presumir o que pode ser encarado com um acto de prevaricação.
O mais incrível é vermos como este livro, de certa forma um completo exagero, pode ser tão coincidente com a realidade actual. O culto da televisão, sempre ligada, sempre a transmitir conteúdos que devem ser aceites como verdades, porque "ignorância é poder"; a vigiância constante; os padrões de normalidade e a repulsa por actos excêntricos; o culto da beleza; o culto da guerra, não para conseguir um fim específico, mas apenas porque "guerra é paz".
Em 1984 os países estão divididos em três grandes potências, que se tentam continuamente superiorizar, uma crítica à guerra fria que então se vivia, e que dividia o mundo em dois blocos, mas que não está nada longe da realidade actual, em que EUA, União Europeia, e China se destacam, correndo pela supremacia do mundo.
Mas tudo isto, repito, se pode descortinar por trás de uma história interessante e que chega a ser engraçada até, com os novos termos e objectos inventados por George Orwell. 1984 é um livro que todas as pessoas deveriam ler, a alguma altura das suas vidas, para reflectirem no significado da sociedade e da nossa própria existência.
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