Percorremos lado a lado toda a parte velha da cidade. Olhámos as mesmas coisas, fotografámos os mesmos planos, perdemo-nos nos mesmos sítios. O que um fazia, o outro repetia. O que um pensava, o outro dizia. Quando chegámos à ponte que atravessa a fábrica de energia hidráulica, parámos.
"Conhecemo-nos?", perguntei.
"Não me parece!", respondeu.
E saltei-lhe para os braços, numa súbita demonstração de compreensão e afecto que ele retribui com um sorriso.
"então adeus, desconhecido."
"adeus!", respondeu.
E cada um seguiu o seu caminho, marcados pela existência desse outro ser do qual só nós tínhamos conhecimento.