Perder ou ganhar. É esse o resultado de qualquer jogo que existe, seja ele o pedra papel tesoura, o monopólio ou o Euromilhões. A vida, como jogo constante que é, não é excepção. Uma vez ganhamos, outras perdemos. Estranha é a forma como tudo isto se processa, numa encruzilhada de voltas e reviravoltas dificeis de compreender.
Ao contrário de uma partida de poker em que todas as cartas estão na nossa mão, o destino guarda trunfos escondidos que não prevemos e que alteram completamente o nosso passado, presente e futuro. Passado, pois muitas vezes nos leva a encarar uma recordação de maneira diferente. Futuro, ao dar-nos novas cartas para a próxima jogada.
Ao contrário de uma partida de poker em que todas as cartas estão na nossa mão, o destino guarda trunfos escondidos que não prevemos e que alteram completamente o nosso passado, presente e futuro. Passado, pois muitas vezes nos leva a encarar uma recordação de maneira diferente. Futuro, ao dar-nos novas cartas para a próxima jogada.
O problema é que na vida não há regras. Cada qual define os seus objectivos, os seus obstáculos e limitações; joga as suas cartas ou lança os seus dados à sua própria maneira. O entendimento é assim impossível neste campo - a resposta não responde à pergunta e a pergunta nunca esperou qualquer resposta. É por isso que nos impomos, que criamos regras e leis que partilhamos entre nós, na esperança de criar um cinto de segurança contra o destino. Mas de que nos adianta um cinto de segurança quando o nosso carro está prestes a ser engolido por um furacão?
Há no entanto certas pessoas que estão em sintonia. São essas as pessoas que procuramos durante toda a nossa vida, as ditas almas gémeas que raramente nos aparecem. E a bolinha continua a rolar sobre o tabuleiro vermelho e preto, à espera de calhar na casa certa. Será justo esperarmos sempre que essa seja a nossa casa? Será certo que hajam sempre vencedores e vencidos? A verdade é que a justiça do mundo é muito simples: quando nos dá uma coisa, tira-nos outra, para dar a outra pessoa.
Foi isso que se passou comigo. Vivi uma época de sorte, em que o meu jogo corria sempre bem e o que ganhava compensava sempre o que perdia. Mas chega sempre o dia em que o vencedor cai do pódio. Um passo do destino que mudou toda a minha vida. Recuperei quinze anos em quatro dias. Perdi quatro anos numa semana.
Perdi. Ganhei. No fundo sou apenas mais uma vítima dessa grande sala com sofás vermelhos e mesas forradas com pano verde, onde as fichas de jogo são os nossos sentimentos e atitudes, e onde as apostas não param, fça calor ou faça frio, seja noite ou seja dia. Sou apenas uma vítima da vida.
Há no entanto certas pessoas que estão em sintonia. São essas as pessoas que procuramos durante toda a nossa vida, as ditas almas gémeas que raramente nos aparecem. E a bolinha continua a rolar sobre o tabuleiro vermelho e preto, à espera de calhar na casa certa. Será justo esperarmos sempre que essa seja a nossa casa? Será certo que hajam sempre vencedores e vencidos? A verdade é que a justiça do mundo é muito simples: quando nos dá uma coisa, tira-nos outra, para dar a outra pessoa.
Foi isso que se passou comigo. Vivi uma época de sorte, em que o meu jogo corria sempre bem e o que ganhava compensava sempre o que perdia. Mas chega sempre o dia em que o vencedor cai do pódio. Um passo do destino que mudou toda a minha vida. Recuperei quinze anos em quatro dias. Perdi quatro anos numa semana.
Perdi. Ganhei. No fundo sou apenas mais uma vítima dessa grande sala com sofás vermelhos e mesas forradas com pano verde, onde as fichas de jogo são os nossos sentimentos e atitudes, e onde as apostas não param, fça calor ou faça frio, seja noite ou seja dia. Sou apenas uma vítima da vida.
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