Vi-te pela última vez há catorze anos, nesse tempo em que ainda dávamos as mãos e partilhávamos alegrias e receios. Separados, continuamos os nossos caminhos, divididos pela distância física e temporal que se impunha. Duas vidas tinhas tu. A tua, da qual eras o gatekepper que deixava entrar ou sair quem bem entendesse, da qual tinhas controlo e poder de decisão. A minha, delicada e silenciosa, passeando pelos meandros da minha memória, as recordações de tempos de infância. Hoje a vida que te foi dada poderia ser só tua. Mas preferiste assim, de forma altruísta e pura, um pouco cruel, talvez, cruzar de novo os nossos caminhos e entregar-te a mim. Hoje continuas a viver, mas apenas na minha memória.
4 comentários:
É lá, este texto está qualquer coisa de magnífico ! :D
Sintético, espelha bem os sentimentos nele incutidos. E a escolha de palavras está fabulosa.
Muito bom Beky, muito bom.
;)
Obrigada Ricardo.
Este veio mesmo do fundo de mon coeur!
Sim senhora Beky, o teu estilo está muito bom, vê-se efectivamente que este texto foi sentido e que conseguiste escolher palavras para exprimir os teus sentimentos. Houve uma grande evolução na escrita, continua, irás longe!
Sinto um grande orgulho em ti!
Obrigada mãezinha!
Espero que continues a ler o meu blogue.
É a tua obrigação de mãe! ^^
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