Para além dos perigos da viagem à Índia, os Portugueses passaram também por perigos em terra. No entanto, uns ou outros não contribuíram em nada para os glorificar, sendo Os Lusíadas apenas uma fachada com que tentaram justificar e glorificar os seus erros.
De facto, os primeiros “grandes” feitos dos Portugueses foram as guerras aos mouros. Estas não foram no entanto, justas. O Conde D. Henrique, recebera uma terra de ninguém, onde os mouros já habitavam, e foi D. Afonso Henriques que os expulsou, para criar um novo país, uma nova nação anteriormente inexistente.
Somos agora igualmente conscientes da inutilidade de uma guerra, que só traz consequências negativas: mortes de inocentes, destruição e problemas económico-sociais.
Se isto começa a parecer contraditório, vejamos ao que levou verdadeiramente as conquistas de além-mar. Impusemos a nossa religião e a nossa cultura a povos com Fé e vidas muito específicas, talvez mais atrasadas a certos níveis, mas noutros, mais adiantadas – caçavam apenas o que comiam, respeitavam-se uns aos outros e aos animais, e não praticavam guerras absurdas e ridículas. Escravizámo-los, para que servissem os nossos propósitos e vontades, sem nos preocuparmos com a dor que lhes infligíamos, a liberdade que lhes negávamos, a família de que os separávamos.
Não será portanto disparatado glorificar e pavonear feitos dos quais nos devíamos envergonhar? Não deveria Camões um pedido de desculpas a todos os povos massacrados, a todos os soldados sacrificados? Os Lusíadas não fazem sentido.
De facto, os primeiros “grandes” feitos dos Portugueses foram as guerras aos mouros. Estas não foram no entanto, justas. O Conde D. Henrique, recebera uma terra de ninguém, onde os mouros já habitavam, e foi D. Afonso Henriques que os expulsou, para criar um novo país, uma nova nação anteriormente inexistente.
Somos agora igualmente conscientes da inutilidade de uma guerra, que só traz consequências negativas: mortes de inocentes, destruição e problemas económico-sociais.
Se isto começa a parecer contraditório, vejamos ao que levou verdadeiramente as conquistas de além-mar. Impusemos a nossa religião e a nossa cultura a povos com Fé e vidas muito específicas, talvez mais atrasadas a certos níveis, mas noutros, mais adiantadas – caçavam apenas o que comiam, respeitavam-se uns aos outros e aos animais, e não praticavam guerras absurdas e ridículas. Escravizámo-los, para que servissem os nossos propósitos e vontades, sem nos preocuparmos com a dor que lhes infligíamos, a liberdade que lhes negávamos, a família de que os separávamos.
Não será portanto disparatado glorificar e pavonear feitos dos quais nos devíamos envergonhar? Não deveria Camões um pedido de desculpas a todos os povos massacrados, a todos os soldados sacrificados? Os Lusíadas não fazem sentido.
2 comentários:
Cheira-me que alguém foi obrigado a ler os Lusíadas, e não achou muita piada =P
Mas sim, visto dessa maneira, tens razão, os Lusíadas estão a glorificar as nossas proezas, que não passaram de destruição e escravização e ocupação de outros povos =/
Sim, os Portugueses não deviam ter feito o que fizeram, mas todos os povos o faziam na altura! Por isso é que Camões se sente tão orgulhosso pelos feitos portugueses! Na altura era uma coisa espectacular aquilo que eles fizeram! E Camões escreveu isto naquela altura...
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