Este livro retrata a história de um homem, K., que chega a uma aldeia onde pretende trabalhar como agrimensor, a mando do Castelo, onde se encontra o centro do poder. Assim, K. tenta, ao longo da narrativa, chegar ao Castelo, sendo que estas parecem nunca ter sucesso, e o Castelo parece cada vez mais difícil de alcançar.
Confesso que me custou, que demorou, mas finalmente acabei este livro, do qual não soube falar durante alguns dias, enquanto não tive tempo para reflectir nas 342 páginas que acabavam de passar pelos meus olhos.
Não porque não tenha gostado, se é que é aqui possível empregar os termos "gosto" ou "não gosto", mas porque é um livro complicado, estranho, psicadélico, que é bastante confuso nos diálogos e relatos das personagens, exigindo de nós bastante concentração, e que me fazia, por vezes, ficar algum tempo a meditar em tudo aquilo antes de conseguir avançar na leitura.
Como história em si, pode dizer-se que não faz qualquer sentido, o que pode ser completamente frustrante, e nos leva, até, a pensar em desistir do livro - o que poderia ser apontado como uma falha do autor, se não se desse o caso de ter sido publicado após a sua morte, pelo que, provavelmente, a história foi escrita para si próprio, e, como em todos os autores clássicos, não haver uma preocupação em agradar ao leitor, mas antes de fazer passar ideias.
De facto, como em todos os romances Kafkianos, há muito mais para além da própria historia; toda uma serie de pormenores que nos remetem para determinadas situações da actualidade, crítica intemporal a uma sociedade demasiado louca e demasiado estranha para ser compreendida. Uma sociedade em que cada um vive o seu dia-a-dia continuamente, conformado com a realidade em que está inserido.
A política, a dificuldade de chegar ao sistema, a indisponibilidade dos políticos, sempre demasiado ocupados com algo que desconhecemos. As pessoas, a preocupação em agradar aos outros, a facilidade com que se fazem e desfazem relações, a forma como se usam pessoas para atingir determinados interesses. A obsessão pelo trabalho, a importância dos cargos, das roupas, do ser bem visto. Tudo isto são temas que vão sendo abordados quase sem nos darmos conta, representando uma sociedade deslocada do pensamento lógico e da razão.
Confesso que me custou, que demorou, mas finalmente acabei este livro, do qual não soube falar durante alguns dias, enquanto não tive tempo para reflectir nas 342 páginas que acabavam de passar pelos meus olhos.
Não porque não tenha gostado, se é que é aqui possível empregar os termos "gosto" ou "não gosto", mas porque é um livro complicado, estranho, psicadélico, que é bastante confuso nos diálogos e relatos das personagens, exigindo de nós bastante concentração, e que me fazia, por vezes, ficar algum tempo a meditar em tudo aquilo antes de conseguir avançar na leitura.
Como história em si, pode dizer-se que não faz qualquer sentido, o que pode ser completamente frustrante, e nos leva, até, a pensar em desistir do livro - o que poderia ser apontado como uma falha do autor, se não se desse o caso de ter sido publicado após a sua morte, pelo que, provavelmente, a história foi escrita para si próprio, e, como em todos os autores clássicos, não haver uma preocupação em agradar ao leitor, mas antes de fazer passar ideias.
De facto, como em todos os romances Kafkianos, há muito mais para além da própria historia; toda uma serie de pormenores que nos remetem para determinadas situações da actualidade, crítica intemporal a uma sociedade demasiado louca e demasiado estranha para ser compreendida. Uma sociedade em que cada um vive o seu dia-a-dia continuamente, conformado com a realidade em que está inserido.
A política, a dificuldade de chegar ao sistema, a indisponibilidade dos políticos, sempre demasiado ocupados com algo que desconhecemos. As pessoas, a preocupação em agradar aos outros, a facilidade com que se fazem e desfazem relações, a forma como se usam pessoas para atingir determinados interesses. A obsessão pelo trabalho, a importância dos cargos, das roupas, do ser bem visto. Tudo isto são temas que vão sendo abordados quase sem nos darmos conta, representando uma sociedade deslocada do pensamento lógico e da razão.
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