02 agosto, 2009

Drácula, Bram Stoker



Quando Jonathan se vê trancado no castelo de Drácula, começa a perceber que há algo de errado com o conde. Porque será que fica acordado durante toda a noite e se deita durante o dia? Porque motivo não tem funcionários? E porque é que nunca come à sua frente? Através de diários e outros relatos elaborados pelas personagens, vamos descobrindo que ser maligno é Drácula e como enfrentá-lo.

Este é, provavelmente, o pai dos livros sobre vampiros, título que lhe dá, de certa forma, um valor muito alto, que cria demasiadas expectativas no leitor. De facto, a história, escrita na época vitoriana, é caracterizada por um suspense excessivo e algumas contradições que podem ser pouco apreciadas pelos leitores actuais. Assim, por vezes a história parece que nunca mais avança, e os acontecimentos enrolam-se uns nos outros, mas noutras alturas a acção toma-nos, e não sentimos vontade de largar o livro.

O facto de ser um livro antigo, dá-nos ainda outras indicações sobre a época, como sendo a diferença entre homens e mulheres, tanto a nível do tratamento como na forma como são vistos, indicações sobre tratamentos médicos, etc.

Portanto, na altura em que foi escrito terá sido, com certeza, um grande avanço, bastante inovador e original, para não dizer assustador, mas que deixará os leitores do século XXI um pouco desiludidos. Não deixa no entanto de ser uma leitura de eleição para todos aqueles que se sintam atraídos pelo obscuro, pelos vampiros e por livros de terror.

1 comentário:

Rui Bastos disse...

Bem, que posso dizer, é um livro de extremos. Ora tem partes mais mortas que o próprio Drácula, ora entra numa espiral de acção de doideira. Se bem que dura pouco, e a maior parte do livro é mesmo a monotonia. E o tal suspense exxagerado, e aquela ingenuidade das personagens até dói... Mas bem, independentemente disso, continua a ser um grande livro, e um dos meus preferidos ;)