Assisti hoje a uma conferência sobre relações transatlânticas dada por um professor americano (infelizmente não apontei o nome). A ideia era um bocadinho perceber se se deveria apostar numa relação União Europeia - EUA, ou, pelo contrário, União Europeia - NATO. Mas comecemos pelo início.
A primeira coisa que o dito senhor referiu foi, como não podia deixar de ser, a segurança. Explicou que vem de uma família que lutou na II Guerra Mundial, e saiu-se com esta belíssima frase: "Não queremos ter de vos ajudar noutra situação igual". Ora que eu saiba, eles nem queriam ajudar, e só o fizeram porque tinham emprestado dinheiro à Inglaterra e França, que estavam nesse momento a perder, pelo que se nada fizessem nunca mais viam o dinheirinho de volta. Ou seja, só ajudaram por interesse próprio, e não pelos motivos "hollywoodescos" de que 'a democracia estava em perigo'. Afinal, a democracia esteve em perigo desde o início.
Estamos, agora, num clima de paz, e formamos a União Europeia, com um poder económico forte, e capacidades de vir a liderar. Mas ainda nos falta, segundo o professor, uma coisa muito importante para podermos ser uma super-potência: um exército forte, com helicópteros que possam leva-lo para onde seja necessário actuar, porque afinal a Europa nunca participa nas questões de guerra, e só dedica 2% do orçamento com a segurança! Se disser que minutos antes o professor tinha referido que nós europeus achávamos que os americanos não percebiam nada dos nossos ideais, então podemos começar a rir. Será que é assim tão difícil perceber que nós não queremos apostar na 'segurança' vinda da violência, mas sim na paz proveniente da força da palavra?
Outra ideia maravilhosa que o senhor passou, é que a União Europeia corre perigo, ao depender tanto da energia proveniente da Rússia. Isto veio a propósito dos problemas entre este país e a Geórgia, durante o ano passado. Aliás, segundo o senhor, este arrufo traz mais problemas, pois caso a Rússia ataque a Geórgia teremos de pôr em acção o 5º artigo das Nações Unidas. Segundo este artigo, e se há coisa que devemos saber sobre a ONU é este artigo 5º (mais uma vez palavras do caríssimo professor), quando um país é atacado, todos são atacados. Logo, teríamos de atacar a Rússia, mesmo sendo um país aliado. Mais tarde perguntaram como seria se fosse ao contrário e a Geórgia atacasse a Rússia, mas 'neste caso o 5º artigo não se aplicaria'. A isto não há nada a fazer. Americano há-de ser sempre americano e há-de ser sempre contra a Rússia.
Para terminar, e voltando à reflexão inicial, fez-se uma análise dos dois pontos em que as relações transatlânticas deveriam ser reforçadas. Estas não poderiam ser feitas com os EUA, por causa de um tratado qualquer (não apanhei o nome, peço desculpa) que Malta e Chipre não assinaram. Então a solução passaria pela ligação à NATO, que ainda por cima sendo uma organização militar e juntando-se à União Europeia, nos levaria a lideres mundiais. Ou seja, a solução passa por respeitar o Chipre e a Malta, mas ir contra a vontade francesa, que não faz parte e rejeita totalmente a NATO. Muito bem.
Conclusões desta conferência: os americanos andam assustados com a possibilidade de liderança de outra potência que não eles, e entre a China e a Europa preferem que sejamos nós. Com um jeitinho ainda conseguem meter cá a NATO para nos controlar. Como o senhor disse, ‘a América gostaria de ser o 28º país da União Europeia’ porque afinal, ‘'nós queremos que vocês nos vejam como o líder com quem podem trabalhar'.
A primeira coisa que o dito senhor referiu foi, como não podia deixar de ser, a segurança. Explicou que vem de uma família que lutou na II Guerra Mundial, e saiu-se com esta belíssima frase: "Não queremos ter de vos ajudar noutra situação igual". Ora que eu saiba, eles nem queriam ajudar, e só o fizeram porque tinham emprestado dinheiro à Inglaterra e França, que estavam nesse momento a perder, pelo que se nada fizessem nunca mais viam o dinheirinho de volta. Ou seja, só ajudaram por interesse próprio, e não pelos motivos "hollywoodescos" de que 'a democracia estava em perigo'. Afinal, a democracia esteve em perigo desde o início.
Estamos, agora, num clima de paz, e formamos a União Europeia, com um poder económico forte, e capacidades de vir a liderar. Mas ainda nos falta, segundo o professor, uma coisa muito importante para podermos ser uma super-potência: um exército forte, com helicópteros que possam leva-lo para onde seja necessário actuar, porque afinal a Europa nunca participa nas questões de guerra, e só dedica 2% do orçamento com a segurança! Se disser que minutos antes o professor tinha referido que nós europeus achávamos que os americanos não percebiam nada dos nossos ideais, então podemos começar a rir. Será que é assim tão difícil perceber que nós não queremos apostar na 'segurança' vinda da violência, mas sim na paz proveniente da força da palavra?
Outra ideia maravilhosa que o senhor passou, é que a União Europeia corre perigo, ao depender tanto da energia proveniente da Rússia. Isto veio a propósito dos problemas entre este país e a Geórgia, durante o ano passado. Aliás, segundo o senhor, este arrufo traz mais problemas, pois caso a Rússia ataque a Geórgia teremos de pôr em acção o 5º artigo das Nações Unidas. Segundo este artigo, e se há coisa que devemos saber sobre a ONU é este artigo 5º (mais uma vez palavras do caríssimo professor), quando um país é atacado, todos são atacados. Logo, teríamos de atacar a Rússia, mesmo sendo um país aliado. Mais tarde perguntaram como seria se fosse ao contrário e a Geórgia atacasse a Rússia, mas 'neste caso o 5º artigo não se aplicaria'. A isto não há nada a fazer. Americano há-de ser sempre americano e há-de ser sempre contra a Rússia.
Para terminar, e voltando à reflexão inicial, fez-se uma análise dos dois pontos em que as relações transatlânticas deveriam ser reforçadas. Estas não poderiam ser feitas com os EUA, por causa de um tratado qualquer (não apanhei o nome, peço desculpa) que Malta e Chipre não assinaram. Então a solução passaria pela ligação à NATO, que ainda por cima sendo uma organização militar e juntando-se à União Europeia, nos levaria a lideres mundiais. Ou seja, a solução passa por respeitar o Chipre e a Malta, mas ir contra a vontade francesa, que não faz parte e rejeita totalmente a NATO. Muito bem.
Conclusões desta conferência: os americanos andam assustados com a possibilidade de liderança de outra potência que não eles, e entre a China e a Europa preferem que sejamos nós. Com um jeitinho ainda conseguem meter cá a NATO para nos controlar. Como o senhor disse, ‘a América gostaria de ser o 28º país da União Europeia’ porque afinal, ‘'nós queremos que vocês nos vejam como o líder com quem podem trabalhar'.
1 comentário:
é que vê-se logo que o homenzinho era americano... quer que nós os vejamos como o líder? por amor do preguiçoso supremo, são convencidos, acham-se donos disto tudo, e querem é mandar!
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